Comer porco é pecado?

 O porco, que tem os cascos fendidos, mas não rumina, é impuro."

 

O termo "kasher" significa genericamente "apropriado para o uso ou consumo". Mais especificamente, denota um alimento permitido pela lei judaica. Em contraste, designam-se por treifá os alimentos proibidos. 

 A proibição está claramente expressa no capítulo 11 do Levítico: "Entre todos os animais da terra, eis os que podereis comer: aqueles que tem os cascos fendidos e que ruminam (...)

Todas as leis alimentares judaicas (leis de kashrut) derivam de Mandamentos Divino, a maior parte dos quais são enumerados no capítulo 11 do Livro de Levítico. Uma das interpretações mais deturpadas sobre as leis de kashrut é que elas foram instituídas como medida sanitária. 
Assim, por exemplo, a carne de porco teria sido proibida porque ela pode transmitir a triquinose. Isto não é verdade. 

A Lei Divina é Clara , Fazer e Não Fazer, Tudo Aquilo que é Proibido é Pecado e ponto. Existe uma consequência em todos os nos nossos Atos físicos, trazendo mudanças no mundo Espiritual ou seja , se cometemos uma transgressão comendo algo impuro, estamos pecando e contaminando nossa Alma.

A própria Torá explica, em linguagem simples e direta, a razão das leis alimentares: "Pois Eu sou Ha Shem, vosso D'us. Vós vos santificareis (...) e não vos contaminareis (...) Sereis santos porque Eu sou santo" (Levitico 11:44-45). 

Os rabinos da era talmúdica frisavam que não há nada de errado, do ponto de vista biológico e sanitário, com os alimentos não-kasher. 

O judeu tem que se abster de comê-los, não porque façam mal à saúde, mas sim porque a lei divina é suprema, mesmo que esteja além dos limites da compreensão humana. A única razão para as leis de kashrut é o conceito ético de santidade. 

E a santidade pode e deve ser ressaltada mesmo nos aspectos mais mundanos do dia-a-dia. Nenhum ato é insignificante. Cada vez que preparamos ou comemos um alimento kasher, estamos aprendendo algo sobre a reverência pela vida. 

Quando ingerimos um pedaço de carne kasher, conscientizamo-nos que o animal é uma criatura de D'us e que a morte dessa criatura não pode ser tomada com leviandade, pois todo ser vivo traz dentro de si uma centelha divina. Isto é Kedushá, santidade: "Fazes da tua mesa um altar a Ha Shem" (Talmud Brachot 55a).

Assim como a proibição ao consumo da carne suína, existem outras restrições, como o consumo de camarão e de carne com leite ou seus derivados numa mesma refeição. 

A carne bovina consumida por judeus é apenas aquela realizada por abate especial (no qual, o animal não é sensibilizado antes de ser sangrado pelo Shochet).

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